segunda-feira, 28 de maio de 2007

Cabra-cega

Cada vez entendo menos sobre coisas tão intelectuais, cada vez entendo menos sobre as lutas, sobre as fomes em todos os aspectos, cada vez que tento entender, me perco, me cego.

Os lugares-comuns são as únicas coisas que saem nesse momento de mim, assim como as únicas coisas que consegui ler em tantos dias passados, as pessoas murmuram asneiras e terminam com citações de filósofos, repetem frases feitas e consultam as mais difíceis no Aurélio.

Exaustão!

A discriminação no grupinho dos intelectuais está além de sua roupa está na linguagem mecânica das ONGs e dos palestrantes natos.

Ps apenas pra constar: onde cada um quer ir com tanto verbete assim?

4 comentários:

Anônimo disse...

Nada como uma Luciana irritada com o mundo pra falar um monte de verdades juntas. A minha relação com tudo isso já passou por inúmeras fases. A atual é: que nojo, que b..., que desperdício de tempo... É exaustão mesmo. Acho que essa gente cansa todo mundo.

Beijinhos. Camila.

mariana disse...

hahahahaha,

essa é a nossa lupe, dizendo o que deve ser dito!

e não é que me reconheço nessa tua revolta... e como!! ... tenho vivido em meio a tantas "gentes" que adoram usar palavras engravatadas...

alguém ? vê se me conta uma palavra que me dê sentido??

um beijo da maricota!

Cathola disse...

Impressionante como a vulgarização, os tipinhos clássicos e mal informados deturpam tudo...tem gente por aí achando que ser intelectual é usar regata com cachecol, roupa de hippie comprada na 25 de março (arght, e quanto mal gosto) ou lendo só as orelhas de livros que ele compra, mas não tem tempode ler. Ah, e claro, adoram ir ao cinema pra ver pobre (alias, é o mais próximo que eles chegam de um ser desses, e isso só porque cinema não tem cheiro).
Mas calma Lu. Intelectual é todo aquele que usa a cabeça para alguma coisa além de colocar seu lenço colorido e falar baboseiras românticas, bregas, infantis e polianisticas. Intelectual é qualquer um que se proponha efetivamente e verdadeiramente, sair do senso comum e fazer a critica desse mundo bizonho... Aliás, desconfio seriamente que vc é uma dessas insatisfeitas que andam pensando em como deixar tudo isso aqui menos estupido e banal.... Como sempre, o problema não é o conceito, mas a velha pergunta: Ó cerébros humanos, o que fizeram com vcs????
beijocas

Anônimo disse...

Ok... Preciso comentar de novo... Acho ridículo dividir o mundo entre intelectuais e não intelectuais
(acho a palavra intelectual uma das mais bobas do
mundo!). Com certeza existem pesquisadores, estudiosos
e críticos muito interessantes... Porém, o que faz uma pessoa ser crítica não é apenas as leituras que ela fez ou deixou de fazer. Existem
pessoas que leram pouco e sabem muito também. Gente,
inclusive, que nem sabe ler. Gente analfabeta e mais
digna do título de "intelectual", se formos ver
direitinho.

É muito importante lutar por uma vida melhor, não
abaixar a cabeça, criticar, participar do
mundo. Mas é mais importante ainda ser humilde. Saber
ouvir realmente todas as opiniões e respeitar todas as
formas de ver, de ouvir, de viver a vida. Muitos dos
que se dizem intelectuais estão tão longe disso...
Criticam mas não mudam. Ficam discursando e continuam
alimentando tudo o que criticam. Ficam
discursando... Mas na prática ainda nem aprenderam o
signifcado da palavra ética. Claro, lógico, óbvio que
existem críticos, estudiosos e pesquisadores muito
diferentes. Mas esses não carregam o título de
INTELECTUAL. Pelo menos eu nunca conheci um crítico, um estudioso, um bom pesquisador que
usasse.

PS. Lu... Vc realmente é muito crítica, muito
inteligente e tem muita coisa pra dizer. Porém, entretanto, todavia... Ainda bem que vc não se chama de intelectual! Argh...

Outro PS: Tenho grandes amigos (como vc) que poderiam se considerar intelectuais se quisessem. Inteligentes, críticos, grandes leitores. Mas não o fazem, são tão humildes. Meus grandes amigos sabem que não é preciso carregar títulos para ter o que dizer. Convivemos, muitas vezes, com tantos professores cheios de títulos e com tão pouco a dizer. Sabemos que existem os que têm muito a dizer e dizem. No entanto, muitas pessoas sem título algum têm tanto ou mais a dizer. Um grande exemplo desses é o meu avô. Conversar com ele sobre o mundo me acrescenta tanto ou mais do que aulas e leituras com grandes professores.

PS 3: Poxa vida... Ficou tão longo.... hehe...

Te amo grande. Camila.