sexta-feira, 18 de maio de 2007

Das dores, dos amores.

Há coisas que você só descobre quando tem uma criança, inclusive que não se tem uma criança, se acompanha uma criança, ela não é só sua, ela é parte do mundo, ela vai crescer e você vai atrás.

Descobre a garganta inflamada e até começa a acreditar que gelado faz mal.

Acredita em Deus ou em qualquer força maior que te ajude na madrugada de plantão ao lado da cama, com dor, com tristeza.

Descobre que você sentiria dor no lugar dela.

Que você é menos forte do que gostaria, porém, menos fraca do que imaginava.

Frases de propaganda que hoje fizeram parte da minha realidade...mas não há benegripe ou tylenol que cure mãe de criança doente.



Ps física quântica: Quatro horas de madrugadas de balada passam mais rápido que quatro horas de madrugadas com crianças com febre.

3 comentários:

Unknown disse...

ela tá doente, Lu?

Anônimo disse...

ta lindooooooooooo aqui lupe
(:

Anônimo disse...

Nunca cheguei a ver a Aninha doentinha... Todas as vezes que eu chego ela já está melhorando... Mas deve ser de cortar o coração... O Má fala que ela fica paradinha... Não pula, não corre... Nesse fim de semana ela parecia melhor... Já tinha energia pra gritar, escancarando os imensos olhos azuis: Você trouxe papel de São Paulo?

Fico feliz que ela já esteja boazinha... E consigo imaginar a sua dor e a sua vontade de roubar todas as dores dela... Por isso o título ficou a coisa mais sensível do mundo: “Das dores, dos amores”...

Esse amor de mãe é o que há de mais puro. Dizem até que é o único sentimento que pode ser realmente chamado de amor, assim ao pé da letra. Eu imagino... Pois tenho uma mãe toda mãe, que daria tudo para roubar as minhas dores...

Daí a gente cresce e evita dividir a todo momento o mundo com elas... Porque tudo o que dói no filho dói multiplicado por mil nas mães. (Assim são também as alegrias. É a coisa mais maluca do mundo como as mães ficam felizes com as alegrias do filho...)

O mais estranho é que esse post poderia, sem excluir uma palavrinha, ter sido escrito pela minha mãe. Palavras dela soltinhas por aqui... Como as que contam sobre a primeira vez que ela me viu e que se sentiu muito mais forte do que imaginava... Capaz de brigar com o mundo por mim... Mas nas inúmeras vezes em que fiquei doente ela se sentia pequenininha, muito menos forte do que gostaria ser.

Acho que as mães são iguais, só mudam de endereço, CIC e RG (como diz a minha). Algumas são loucas, outras são calminhas. Algumas são loiras, outras ruivas, mulatas, azuis, amarelas... Umas choram toda hora, outras quase nunca. Umas falam alto, outras bem devagarinho. Existem as médicas, as bancárias, as professoras, as bailarinas (como você, segundo a Aninha!)... Mas nos sentimentos são todas iguais, iguaizinhas... Ou pelo menos deveriam ser... (tantas coisas brutas falam os jornais...)

Ahhhhhhhhh... O tempo é sempre relativo... Fim de semana por exemplo... Acaba e a gente nem percebe... Enquanto essa segunda-feira... Aiiiiiiiiiiii....

Beijo grande. Camila.